Hoje, 21/04, é o Dia Mundial da Criatividade e da Inovação. Mas, antes de tudo, a pergunta que não quer calar.

Está aí algo difícil de explicar. Segundo o dicionário: criatividade é um substantivo feminino que significa inventividade, inteligência e talento, natos ou adquiridos, para criar, inventar e inovar, seja no campo artístico, científico, esportivo, dentre outros.

Já segundo o livro O Caminho do Artista, de Julia Cameron, a criatividade é definida como um ecossistema que pode ser despertado por meio de exercícios e reflexões.

Sendo assim, fica aí a dúvida. Criatividade é um dom? Você nasce criativo ou não nasce? Ou criatividade é algo que pode ser adquirido durante a vida? De acordo com suas referências, técnicas, práticas e até mesmo através de assuntos de interesse.

Eu realmente acredito que a segunda opção está correta. Para mim, criatividade é algo que você desenvolve ao longo da vida, de acordo com o seu caminho, gostos, escolhas, o que você consome, referências…

Quanto mais você se esforçar em ser criativo, mais você será. É praticamente igual aos nossos músculos; quanto mais você os exercitar na academia, mais fortes e volumosos eles se tornarão.

Pensando nisso, eu sempre fico me perguntando: de onde vêm as grandes ideias? Quais os caminhos que os donos dessas ideias percorreram para consegui-las?

Quando mais você se expuser ao novo — a ideias diferentes, a livros, séries, filmes, situações, pessoas, lugares, temas, notícias que não fazem parte do seu dia a dia — mais criativo você será, pois o seu repertório será gigante e você conseguirá criar sinapses de diferentes assuntos e ideias com base em coisas que já viu, para criar algo totalmente novo, ou pelo menos melhorado.

Eu comecei, mas ainda não terminei, o livro O Caminho do Artista; porém, o que posso dizer é que ele não lhe dá o caminho das pedras da criatividade: ele propõe que você faça um acordo consigo mesmo durante 12 semanas, nas quais fará coisas para exercitar a sua criatividade e, principalmente, ter momentos de conexão consigo mesmo, com seus pensamentos e sentimentos. É quase como uma ideia de autoconhecimento solitário, artístico e criativo.

É exatamente nisso que eu acredito. Além de todas as informações externas a que estamos expostos diariamente, a criatividade e a capacidade de inovar também estão na nossa conexão interna, em sabermos quem somos, do que gostamos, do que não gostamos, o que estamos sentindo — seja esse sentimento bom ou ruim. Enfim, é pegar toda a sua bagagem de conhecimento e conectá-la com o seu eu mais profundo e verdadeiro naquele momento e, daí, deixar as ideias virem até você.

Neste Dia Mundial da Criatividade e da Inovação, proponho que você tenha o seu ócio criativo: faça e consuma coisas de que realmente gosta e se interessa, mas também tire um tempo para se conectar consigo mesmo — com suas vontades, pensamentos, sentimentos — e, a partir daí, crie algo novo, seja para o seu dia a dia, para a sua família, para o seu trabalho. Desde a ideia mais básica de um programa para fazer no fim de semana até um projeto que você queira tirar do papel.

Apenas se conecte e comece. Tenho certeza de que grandes coisas sairão desse processo. Acredite em você: você pode ser — e você é — um ser criativo.